Encontro das 20 maiores economias será nos dias 30 e 31 de outubro, em Roma
A cúpula dos líderes do G20, marcada para o final de outubro em Roma, discutirá a mudança climática pouco antes da COP26 de Glasgow, que pretende tomar medidas históricas sobre o clima. O Brasil participará e na oportunidade temas como saúde , tecnologia, produção de energia e meio ambiente serão prioridades a serem discorridas na capital da Itália.
Segundo o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Itamaraty, Sarquis José Sarquis, serão tratados assuntos sobre economia e saúde global, mudanças do clima e desenvolvimento sustentável.
As temáticas serão discutidas de forma dividida, estruturada e em três sessões. A primeira sobre economia global e saúde global. A segunda sobre mudança do clima e meio ambiente. A terceira sobre desenvolvimento sustentável. Também terão trocas informais de impressões, comentários sobre dois grandes temas que estarão em eventos paralelos, que tratarão de apoio a pequenas e médias empresas comandadas por mulher. A informação é Sarquis Jose Sarquis .
Em entrevista à Voz do Brasil, Sarquis afirmou ainda que outro ponto em discussão será um comércio internacional com menos barreiras tarifárias. Além das reuniões do G20, o presidente Jair Bolsonaro e os ministros vão participar de encontros bilaterais.
“Alguns países como os da União Europeia, Estados Unidos e mesmo países emergentes como China e Índia, que são grandes economias, contam com programas de apoio doméstico que visam a subsidiar a produção agrícola. Alguns desses subsídios são justificados quando aplicados à população carente e assim sucessivamente. Mas outros acabam distorcendo as condições de mercado, acabam reduzindo preços de alimentos de forma artificial, o que faz com que países que são muito competitivos em alimentos, em produtos agrícolas como Brasil, Argentina e outros países da América do Sul, não tenham condições de se beneficiar desses mercados”, argumentou.
Dentre as ponderações para esse evento , as questões climáticas figuram de forma expressiva. “Sem a participação das maiores economias do mundo, não será possível respeitar os acordos de Paris, nem limitar o aquecimento global a 1,5ºC”, alertou o chefe do Governo italiano, Mario Draghi.
Esse limite corresponde à meta mais ambiciosa estabelecida pelo acordo de Paris em 2015 para limitar o aquecimento global em comparação com a era pré-industrial, que a presidência britânica da COP26, marcada para novembro em Glasgow, espera manter viva, declarou Draghi.
Cúpula do G20
O G20 irá antecipar alguns debates previstos para a COP26, a Cúpula sobre Mudanças Climáticas da ONU, marcada para 31 de outubro a 12 de novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia.
Representantes do governo brasileiro e da União Europeia fizeram uma reunião virtual sobre o clima na sexta-feira, 22, e na oportunidade, o chefe de gabinete do Ministério das Relações Exteriores, Achilles Zaluar, afirmou que a ideia é construir consenso sobre o assunto.
A Cúpula do G20 vai marcar a retomada das reuniões presenciais do grupo. No ano passado, o encontro foi virtual por causa da pandemia de covid-19. Parte da comitiva que representa o Brasil embarca neste domingo.
TEXTO: Eliana Saraiva, com informações de Victor Ribeiro, da Rádio Nacional.