O IPCA, que é o índice oficial da inflação medido pelo IBGE, fechou o mês de maio em 0,47%. Uma redução em relação ao mês anterior que ficou em 1,06%. No acumulado em doze meses o índice está em 11,73%.
Entre os nove grupos que compõe o IPCA, o único que apresentou queda foi Habitação com redução de 1,7%. O setor que apresentou maior alta foi o de Vestuário com aumento de 2,11%, pressionado principalmente por artigos masculinos. Em segundo lugar ficou Transportes com alta de 1,34%.
O IPCA é calculado desde 1980 e entram nos cálculos as despesas das famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. São cerca de 400 produtos e serviços dentro de 9 grupos que compreendem Vestuário, Transportes, Saúde e cuidados pessoais, Comunicação, Artigos de residência, Despesas Pessoais, Alimentação e bebidas, Educação e Habitação. Embora lastreado em critérios técnicos, por abranger várias faixas de renda, o índice acaba sofrendo distorções nas diversas camadas sociais. Isso porque as prioridades de gastos são diferentes na pirâmide econômica. As classes de menor renda por exemplo tem seus gastos voltados basicamente para alimentação e, transporte e habitação. Isso fica muito claro ao compararmos os itens da cesta básica que subiram 67% em doze meses contra um IPCA acumulado de 11,73% no mesmo período.
A inflação é um fantasma que assombra a todos e nesse momento vem ocorrendo em todo o planeta, consequência da pandemia e conflito na Ucrânia. Mas tanto aqui como no resto do mundo penaliza de forma mais dura as classes de menor renda.