O Brasil tem destaque nas discussões sobre a mitigação dos gases do efeito estufa, e a colaboração para conter o aquecimento global
O mercado de carbono é um dos temas que domina os debates durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, este ano realizada no Egito. E o Brasil tem protagonismo nas discussões sobre a pauta. Entre os assuntos tratados no encontro mundial sobre meio ambiente estão a mitigação dos gases do efeito estufa, o impacto climático na questão financeira e a colaboração para conter o aquecimento global.
A visão da indústria brasileira sobre como implementar uma economia de carbono zero no mundo está em discussão no evento. Para o diretor para Amazônia da The Nature Conservancy Brasil (TNC), José Otávio Passos, há uma série de desafios hoje para as empresas brasileiras no que diz respeito ao mercado de carbono e a redução da emissão desse elemento químico no ar.
Segundo Passos, inicialmente é preciso entender que as empresas necessitam encontrar formas para reduzir as emissões de carbono, o que significa olhar não apenas para dentro de suas próprias operações, mas também como elas podem compensar essas emissões.
O especialista da TNC salientou ainda que as empresas irão encontrar três desafios no mercado de carbono, o primeiro é como encontrar projetos, o segundo é como garantir a integridade deles e a terceira como manter a permanência do tempo dessas ações.
De acordo com o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Conselho Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, quando se fala em transição de economia de baixo carbono no país, é preciso levar em conta alguns eixos fundamentais, como expansão das fontes renováveis, conservação florestal e políticas públicas domésticas.
Bomtempo explica que CNI defende o mercado regulado de carbono sob a ótica do Cap and Trade – modelo de sistema de emissões defendido pela indústria para o mercado regulado de carbono; e que vem negociando dentro do Congresso Nacional por meio de um consenso que esteja aderente com sua base industrial.
Um dos 12 parlamentares que participam da COP27, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) é autor de um projeto de lei (PL 301/2022) para fortalecer o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas. A ideia proposta pelo congressista inclui ações de adaptação às mudanças do clima e redução de danos gerados por condições climáticas.
O parlamentar aproveitou o encontro para apresentar e debater outras questões pertinentes envolvendo os cuidados com o meio ambiente no Brasil e no mundo. Vieira afirma que a discussão do mercado de carbono é importantíssimo nesse ambiente da COP27 e outros temas, como a garantia da água, combate à desertificação e também as metas de reduções gerais da emissão de carbono.
Para o senador Alessandro Vieira, há vários caminhos e alternativas para serem traçados quando o assunto é criar soluções renováveis para salvar o meio ambiente. O Senador aponta que existe espaço para o Brasil em todas essas discussões e é muito importante que a gente tenha um ambiente renovável para que se possa implementar a possível recuperação do meio ambiente e o combate às mudanças climáticas.
Fonte: CNI