O Grupo Petrópolis é conhecido pela produção das cerveja Itaipava, e as marcas Crystal e Petra.
O Grupo Petrópolis, conhecido por ser o terceiro maior fabricante de cervejas do país, está pedindo a recuperação judicial de suas empresas. O grupo é conhecido por produzir a cerveja Itaipava, e as marcas Crystal e Petra.
A fabricante apresentou à 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro o pedido de recuperação, também incluindo braços do Grupo Petrópolis que fazem parte da geração e comercialização de energia e no setor da agropecuária.
A 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro concedeu ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. Na última sexta-feira, 24, esse montante somava algo em torno de R$ 383 milhões, sendo a R$ 215,77 milhões no banco Santander. A companhia tem dívidas da ordem de R$ 4,4 bilhões.
Crise na cervejaria
As dívidas do Grupo acumulam R$ 4,2 bilhões, de acordo com sua defesa. Do valor completo, 48% são dívidas financeiras e 52% com fornecedores e terceiros. Os advogados da companhia revelaram que o grupo está passando por uma crise há 18 meses, que acabou piorando após uma queda nas vendas a partir de 2021.
Já nesta terça-feira, 28, a Justiça permitiu uma tutela cautelar de urgência à companhia. Com isso, a liberação dos recursos Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa foi liberada. A empresa ainda afirmou que a tutela era de extrema urgência evitar “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.
De acordo com o pronunciamento do grupo de advogados da empresa, o pedido de recuperação judicial está sendo ajuizado em regime de urgência, para evitar problemas maiores.
O Grupo Petrópolis afirma que o aumento dos juros básicos da economia vem gerando um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa do grupo.
Redução de receita
Conforme petição em que pediu recuperação, o grupo que gera 24 mil empregos diretos e cerca de 100 mil indiretos enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses decorrente da redução de receita.
No ano passado, a empresa vendeu 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, o que representa uma queda de 23% na comparação com 2020. Essa redução significou um recuo de 17% na receita bruta do período. Ao mesmo tempo, os custos do setor subiram e, ainda segundo a defesa da Petrópolis, não foram repassados ao consumidor.
Valor dívida
Na petição inicial, os advogados do Grupo Petrópolis dizem que a dívida financeira e de mercado de capitais é da ordem de R$ 2 bilhões, enquanto a dívida com terceiros, incluindo grandes fornecedores, soma R$ 2,2 bilhões. Os advogados atribuíram à causa valor provisório de R$ 4,4 bilhões, até que a empresa publique sua lista detalhada de credores.
Eliana Saraiva, com informações do Valor Economico