A programação inclui oficinas, palestras e rodas de conversa, com a participação de profissionais renomados em diversas áreas.

O Instituto Federal de São Paulo (IFSP) Câmpus Matão promoverá entre os dias 24 e 28 de abril a IX Semana da Diversidade “Mesmo tão diferentes entre si, sempre seremos nós”. O evento objetiva gerar reflexões e contribuir com a formação de valores sobre o respeito à diversidade e aos direitos humanos. É destinado a toda a comunidade acadêmica e aberto ao público em geral.
A programação inclui oficinas, palestras e rodas de conversa, com a participação de profissionais renomados em diversas áreas. Na segunda-feira, dia 24, a oficina “Desenhando corpos diversos” será ministrada por Labilustra, que tem como objetivo ensinar técnicas de desenho de corpos diversos.
Na terça-feira, dia 25, a Profa. Dra. Renata Filipak falará sobre “Mulheres nas artes: sujeitos ou objetos?” em uma palestra que aborda a presença feminina em diversas áreas artísticas. Além disso, haverá uma roda de conversa sobre maternidade diversa.
Na quarta-feira, dia 26, o bate-papo com Luiz Eduardo Biagioni, Indiarrury Kã Kraho e Sandra Crakwyj Kraho discutirá a questão indígena, a relação dos povos indígenas com o sistema escolar e a importância da educação para a promoção da diversidade. Já a formação com o Prof. Dr. Diego de Matos Gondim abordará a filosofia afropindorâmica e sua relação com a educação.
A programação segue na quinta-feira, dia 27, com a palestra de Michele Rodrigues Teixeira sobre “Gênero no mundo dos games”. Por fim, na sexta-feira, dia 28, Weber Fonseca falará sobre “Essa tal diversidade: sexualidades, artes e afins”.
As inscrições para o certificado de participação podem ser feitas gratuitamente de 12/04 a 20/04/23 neste link: https://suap.ifsp.edu.br/eventos/inscricao_publica/3955/
A Semana da Diversidade é uma oportunidade para discutir temas relevantes e para promover a inclusão e o respeito à diversidade. Não perca essa oportunidade de aprender e se engajar nessa causa tão importante!
A professora Drª Patricia Olsen é responsável pela coordenação do evento .
Mesmo Tão Diferentes Entre Si, Sempre Seremos Nós
Mesmo tão diferentes entre si, ninguém é uma ilha que lhe permita só e em si existir. O começo de tudo, do todo daquilo que se convencionou nomear de humanidade, sempre será a soma de todas e todos, assim sendo, o produto dessa complexa equação trará consigo um produto elementar e complexo qual seja: a soma de todos os seres humanos em comunidade, sempre representará algo muito mais profundo que a soma de suas partes isoladas. Um sentido possível para compreendermos essa maravilhosa teia denominada vida humana, é percebermos que a existência da beleza em sua essência, só fará sentido se for percebida ou mesmo sentida por mais do que um ser em sua individualidade. Doravante, parafraseando Jeneci, em sua bela canção “Por que Nós?”, poderíamos aventar que nossa aventura humana deve estar recheada da rica diversidade, tanto de ideias como de modos de fazer, agir, sentir, expressar, nossos medos, desejos, gestos e jeitos, ou nossa estrutura psíquica, nossas estritas idiossincrasias, ou impossibilidades de dizer certas palavras para rompermos o silêncio do esquecer, do deixar de existir enquanto ser. Sabermos clara e evidentemente que a mera soma das partes não constitui nem nunca constituirá um todo equânime, repleto de alteridade que se situa para além da própria ideia de igualdade, fará com que tomemos de fato as rédeas dessa tensa carruagem denominada vida, que apesar de todas as suas idas e vindas, “encontros e despedidas” pensando em Milton Nascimento, nos trouxe até aqui. Doravante, devemos ter sempre em mente que fomos, somos e seremos produtos inteiros ou fragmentários de nossos sonhos, desejos, medos, afetos e dúvidas, e que sozinhos sempre seremos e estaremos pela metade, incompletos, turvados por vagas imagens de um espelho caótico e ávido pela distorção das sombras nas paredes da velha caverna platônica. O início da caminhada pelas sendas do real existir perpassam a noção de que tudo ganhará novos contornos e cores muito mais intensas e vivas no instante em que percebermos que a aventura humana só fará real sentido se não for por ou para mim, mas, sobretudo por e para nós.
Prof. Ms Antonio Marcos Martins