Especialistas apontam os aspectos positivos da nova regra estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu um limite para os juros que as instituições bancárias podem cobrar nas dívidas no cartão de crédito. Com isso, as taxas não podem ultrapassar 100% do valor principal da dívida. A medida começou a valer nesta terça-feira (2).
O crédito rotativo do cartão é uma opção oferecida aos consumidores quando não pagam o valor total da fatura até o prazo estipulado. Com as alterações, o valor total da dívida para aqueles que não quitarem a fatura do cartão não poderá ser maior que o dobro do débito inicial.
Para o setor a regulamentação positiva, pois tende a evitar o acúmulo descontrolado de dívidas por parte dos consumidores. Com as regras anteriores, as taxas exorbitantes podiam levar a um ciclo vicioso de endividamento. O novo cenário, segundo especialistas tributários, proporciona um ambiente mais sustentável e equitativo. Esperamos uma redução nos índices de inadimplência.
Especialistas defendem ainda que a tendência não beneficia apenas o consumidor, como também estabiliza o sistema financeiro, reduzindo os riscos para instituições financeiras, entretanto, a medida pode resultar em uma redução na receita de juros dessas instituições, algo “razoável” para tornar possível um sistema de crédito mais justo e sustentável para o consumidor.
A iniciativa indica também a possibilidade de redução do endividamento das pessoas com o cartão de crédito . Cabe destacar que o consumidor necessita ter a disciplina, autocontrole quanto as gastos , faça o dever de casa em relação à educação financeira — e só compre quando necessário, porque o cartão de crédito pode ser um bom amigo quando utilizado de maneira correta. No ano passado, os juros rotativos alcançaram 457% ao ano , ou seja, um valor impagável.
A medida pode levar a redução dos limites de crédito e, consequentemente, a redução do volume de compras realizadas com o cartão de crédito. Economistas alegam que as dívidas assumidas antes de terça-feira, 02 de janeiro, não seguem a nova regra. Essas dívidas podem ser renegociadas por meio do Programa Desenrola Brasil.