7 de setembro, Dia da Independência do Brasil. Dia de soltar fogos e comemorar o fato de sermos um país livre…
Na teoria é isso, mas e na prática? Será mesmo que a população é livre? Ver a ameaça de um novo período ditatorial é ser livre? Se sentir ameaça de todos os dias é liberdade?
A liberdade aqui é seletiva, ela não alcança a população negra, indígena, a população LGBTQ+, mulheres, pessoas pobres, pessoas com deficiência. Liberdade aqui pertence ao topo, à elite, àqueles que sentam todo dia em suas cadeiras e não fazem nada além de ignorar ou piorar toda a situação e deixar o resto se virar nos 30. Mas está tudo bem, eles são os “cidadãos de bem” da história, né? O resto é tudo vagabundo segundo eles.
E tem um rosto que para mim é a cara dessa falsa liberdade, a cara do que realmente significa ser um “cidadão de bem”, a cara da morte que levou mais de 500 mil pessoas no Brasil, nesse nosso lindo país livre.
Sofia Moreira Graziano, 13 anos, é residente em Sorocaba-SP e possui familiares no município de Matão