Assistência Social por parte do governo é um assunto que gera controvérsias, de um lado aqueles que veem nessas iniciativas uma ferramenta eleitoreira ou ainda uma forma de incentivar acomodação por parte do beneficiário. Os que são favoráveis defendem a necessidade de intervenção do Estado à população mais vulnerável. Atualmente existem cerca de 10 programas de benefícios sociais somente na esfera Federal, lembrando que Estados e Munícipios normalmente também contam com iniciativas dessa natureza.
“Ao invés do peixe, dê a vara de pescar” essa máxima bastante utilizada pelos que são contra a iniciativa, pode ser rebatida com o argumento : E quando a pesca está fechada ? Esse foi o caso por exemplo quando a Covid 19 forçou a adoção de medidas de isolamento social rompendo a possibilidade de uma grande parcela da população mundial de trabalhar e produzir. Outra situação é quando a crise hídrica atinge um pico como o que estamos vivendo atualmente e a tarifa social da energia elétrica mostra-se uma ferramenta socialmente justa.
Mas além da ajuda direta a quem precisa, esses programas são responsáveis pela alavancagem da economia como um todo. O beneficiário vai dar sustentação financeira ao mercado, loja de material de construção, prestadores de serviços etc que vão gerar empregos, recolher impostos e rodar a economia de forma geral.
Do ponto de vista econômico temos que enxergar além do beneficiário dos programas sociais. Ficando somente em dois programas, o auxílio emergencial e o bolsa família, estamos falando na injeção de 328 bilhões de reais no mercado em 2020. Qual seria o resultado da economia brasileira no ano passado sem o ingresso desses recursos ?
Fica o assunto para reflexão : As vezes quando o governo dá o peixe, está propiciando indiretamente pesca abundante para aqueles que já tem a vara de pescar.