Sudeste tem queda na produção de frutas e hortaliças, mas ainda lidera o mercado

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Sudeste tem queda na produção de frutas e hortaliças, mas ainda lidera o mercado

Brasil é o maior produtor de suco de laranja Foto: Divulgação /Redes Socais

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas menos de 3% da produção é exportada.

Um estudo da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontou que o Sudeste teve ligeira queda na produção de frutas e hortaliças em 2020 em relação a 2019, mas continua sendo a maior região produtora do país.

A região foi responsável pela produção de 40,87% de todas as frutas e hortaliças colhidas no Brasil em 2020 (em 2019, eram 41,04%). Os dados são de 2020 mesmo, mas só foram divulgados agora. Os números de 2021 serão apresentados somente no final de 2022.

A região de Bauru (SP) representa 5,36% da produção nacional, com destaque para as laranjas. Em seguida, vem Campinas, que produz 4,3% do total, com o tomate como o principal produto. O levantamento, uma espécie de mapa da agricultura divulgado todos os anos, retrata a produção e a exportação de hortifrúti no Brasil, com o valor da produção das culturas, a área, produção por estado e o panorama de exportação em valor, volume e destino.

De acordo com os dados, o Nordeste é o segundo maior produtor de frutas e hortaliças, com 21,58% de participação. Depois, vem o Sul, com 17,33%. O Norte responde por 14,46%, com destaque para a área noroeste do Pará, que produz 4,64% do total, especialmente açaí, cacau e mandioca. A região Centro-Oeste, que é a maior produtora de commodities (matérias-primas como soja), fica em último lugar, com 5,76% do total de frutas e hortaliças.

Frutas

O mapa 2021 da agricultura brasileira é bem diverso na produção de frutas. Culturas como laranja e banana estão presentes em todo território nacional, mas açaí, cupuaçu e graviola apresentam concentração regional. No levantamento, foi mostrado que 77,5% da produção de laranja está no estado de São Paulo, assim como 70,6% do limão. No Norte, 94% do açaí e 53,6% do cacau brasileiro são produzidos no Pará.

Na região Nordeste, 39,8% da produção de manga está concentrada em Pernambuco, 61,2% do melão no Rio Grande do Norte e 60,7% do guaraná e 59,6% da graviola no estado da Bahia. Já na região Sul, o Rio Grande do Sul se destaca na produção de maçã (49,8%), pêssego (64,2%) e uva (51,2).

Hortaliças

O mapa das hortaliças coloca Minas Gerais na frente dos demais. O alho, por exemplo, está fortemente presente nos estados de Minas Gerais (39,8%) e Goiás (34,4%). O cultivo de mandioca é distribuído nos estados, com maior concentração no Pará (21%) e Paraná (19%).

Segundo os dados do mapa, 29,3% de todo o tomate do país é produzido em Goiás e 21,4% em São Paulo. Santa Catarina lidera a produção de cebola (28,1%), seguido pela Bahia (15%).

De acordo com Letícia Fonseca, assessora técnica da CNA, a produção nacional de frutas e hortaliças tem crescido em razão do desenvolvimento de tecnologias e sistemas de plantio mais eficientes, por meio de técnicas simples (como manejo integrado de pragas) ou mais rebuscadas (como uso de drones para o manejo de pragas, adubação e irrigação). “Observamos um crescimento no mercado externo, como o reconhecimento da cebola e do alho, que anteriormente eram produtos tradicionais da cesta de importação”, explicou Letícia.

Exportação

O mapa apresentou informações sobre os produtos que são mais exportados. O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas menos de 3% da produção é exportada. Apesar de o volume ainda ser incipiente, algumas frutas já conquistaram mercados importantes. A manga é a fruta com maior receita na exportação e, em 2020, alcançou US$ 247 milhões.

A Holanda é o principal comprador (41,9%). O melão e a uva também se destacaram: a receita das exportações atingiu US$ 147 milhões e US$ 108 milhões, respectivamente em 2020, com destaque também para o mercado holandês. Além das frutas frescas ou secas, o Brasil exporta suco de laranja e continua como o maior produtor .

Redação: Eliana Saraiva, com informações da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

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