Tucano se preparou para concorrer ao governo de São Paulo, mas é cotado para a vice de Lula em 2022.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin não descarta a possibilidade de ser vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República em 2022. Ele participou de reunião com centrais sindicais na segunda-feira, 29 de novembro e disse que está aberto ao diálogo.
Alckmin foi convidado a se reunir com sindicalistas após ser cotado para compor como vice de Lula nas próximas eleições presidenciais em 2022. Ele aceitou o convite no mesmo instante e na última segunda-feira, 29 de novembro passou cerca de 40 minutos discutindo os desafios do Brasil com representantes de quatro centrais sindicais – Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) e Nova Central.
Na ocasião, Alckmin disse que se preparou para concorrer ao governo de São Paulo e que estaria em 1º lugar nas pesquisas estaduais. Porém, afirmou que “surgiu a hipótese federal” e que está aberto ao diálogo. Ele citou ainda que a decisão dependerá das circunstâncias políticas e deve ser tomada até o início de 2022.
O ex-governador discorreu sobre a importância de fazer acordos e coligações para governar o Brasil. Disse que os desafios são grandes e apontou dois problemas principais: a pandemia de covid-19 e o baixo crescimento econômico. Para Alckmin, a vacinação contra a covid-19 pode ajudar a superar ambos os desafios.
As centrais sindicais são favoráveis à construção de uma frente ampla, capaz de derrotar o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Para as centrais, diferentemente do governo atual, Alckmin escuta os pleitos dos trabalhadores.
Para os sindicalistas, o fato de o tucano ter aceitado de forma rápida o convite para a reunião mostra o interesse em manter o diálogo com as centrais. Alckmin, por sinal, já marcou outra agenda desse tipo: vai ao Sindicato dos Padeiros, no centro de São Paulo, no sábado, 4 de dezembro.
Alguns sindicalistas presentes na reunião são ligados ao PSB e, também, sinalizaram ser favoráveis à filiação de Alckmin ao partido. O tucano tem desavenças com João Doria (PSDB), que já indicou outro candidato do partido para o governo de São Paulo –o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB). Além disso, tem se aproximado de Márcio França (PSB). França é cotado a ser vice de Alckmin em uma eventual candidatura do tucano ao governo de São Paulo, mas poderia assumir a cabeça de chapa caso o ex-governador siga a “hipótese federal”. Alckmin também está em conversas com outros partidos, como o PSL. O PSD também teria interesse em filiar o tucano.
Redação: Eliana Saraiva, com informações das Centrais Sindicais.