A Petrobrás anunciou ontem reajuste nos preços dos combustíveis e gás de cozinha. A Notícia já era esperada em função da alta nos preços internacionais consequência do conflito Rússia – Ucrânia que fez com que o preço do barril ultrapassasse os US$ 130. Como a política de preços utilizada pela Petrobrás é a PPI (preço de paridade de importação) o aumento era inevitável.
Nas distribuidoras o preço médio da gasolina teve um aumento de 18,77%, o diesel de 24,9% e o gás de cozinha de 16%. Como o preço subiu ontem nas distribuidoras, esperava-se que o aumento tivesse reflexo para o consumidor a partir de hoje, 11/03, entretanto, conforme apurado pelo Portal Matão Informa aqui na cidade a maioria dos postos de combustíveis já tinha aplicado os reajustes ontem. Uma atitude que não se justifica uma vez que esse combustível já estava nos tanques dos postos e foi adquirido com preços antes desse aumento.
Com essa alta nos preços a pressão inflacionária continua alta não só por esse aumento em si, mas pelas consequências de irradiação na economia como um todo. O diesel tem impacto direto no frete dos produtos, no transporte urbano e na utilização de máquinas agrícolas. Segundo os economistas a expectativa de inflação (IPCA) para 2022 que estava em 6.2% já foi para 7,5%, isso levando-se em conta somente o aumento dos combustíveis.
Mesmo com um eventual fim da guerra, a reação positiva não será imediata para a economia uma vez que as sanções impostas à Rússia devem continuar o que sinaliza petróleo em preços elevados, afinal a Rússia é um dos maiores produtores do mundo.
O Governo brasileiro e o Congresso Nacional buscam soluções para que essa volatilidade nos preços continue a contaminar a política econômica interna, porém não existe um consenso sobre a melhor medida a ser tomada. Qualquer decisão sempre tem efeitos colaterais. Afinal em economia o cobertor é curto.