A aviação civil mundial se comprometeu a atingir a neutralidade líquida das emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2050. A fim de auxiliar a indústria aeronáutica brasileira a enfrentar esses e outros desafios, como ser capaz de desenvolver nos próximos anos aeronaves civis e militares aptas a voar de forma autônoma e com tripulação reduzida, foi lançado na última terça-feira (14), no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, o Centro de Pesquisa em Engenharia para a Mobilidade Aérea do Futuro (CPE-MAF).
Constituído pela FAPESP e a Embraer, o centro contará com investimento total de R$ 48 milhões ao longo dos próximos cinco anos e reunirá mais de 120 pesquisadores, com forte atuação de engenheiros da empresa. O objetivo é desenvolver estudos sobre tópicos inovadores e com potencial para contribuir com a competitividade da indústria aeronáutica nacional.
Além do ITA, o CPE-MAF terá a participação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) – esta última em processo de adesão à iniciativa.
“A aliança desses gigantes – a FAPESP, a Embraer, o ITA e a Unicamp – nesse Centro de Pesquisa em Engenharia para a Mobilidade Aérea do Futuro com certeza vai render muitos frutos. Vamos ver muita inovação nascendo aqui”, disse o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na cerimônia de lançamento do centro.
“Essa aliança entre recursos humanos, tecnologia e investimentos da FAPESP e da Embraer vai dar muito certo. Vamos ter novas tecnologias disruptivas”, avaliou.
O CPE-MAF será um dos Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) constituídos pela FAPESP em parceria com empresas e sediados em diferentes instituições de pesquisa do Estado de São Paulo.
Lançado em 2012, o programa CPE viabiliza sinergias entre a iniciativa privada e o setor acadêmico visando produzir e disseminar pesquisa de nível mundial, com a geração de alto impacto econômico e social por meio da inovação.
“Já apoiamos 27 centros, com investimentos totais de R$ 1,5 bilhão, dos quais R$ 400 milhões foram provenientes da FAPESP e o restante de contrapartidas de empresas como a Ericsson, a GSK e a IBM”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
“O fortalecimento de iniciativas como essa revela a nova face da FAPESP, que, ao mesmo tempo que continua solidamente apoiando a pesquisa básica e programas de formação de recursos humanos também se volta para essas aplicações práticas”, sublinhou Zago.
Fonte: Aeroin