Os dez mortos na queda de uma rocha de um cânion em Capitólio (MG) foram identificados. Entre eles, há jovens e idosos, além de pessoas da mesma família.
Na tarde de sábado (8), turistas que estavam em lanchas no lago de Furnas foram atingidas pela queda da estrutura. Segundo informações da Polícia Civil, foram confirmadas as mortes das dez pessoas. Todas estavam na mesma embarcação, chamada Jesus. A tragedia vitimou 10 pessoas e deixou 30 feridos.
Cânions de Capitólio (MG) podem ter restrição de acesso, diz Zema
Governador de Minas Gerais fala em “cuidado adicional” e análises de risco para liberar entrada de turistas após acidente com rocha.
A região dos cânions de Capitólio, a 290 km de Belo Horizonte, pode passar a ter restrições de acesso, como consequência da queda de estrutura rochosa sobre lanchas com turistas, no último sábado (8).
A possibilidade foi levantada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), durante visita à cidade, na tarde desta segunda-feira (10). “Temos navios que vão às geleiras da Argentina e do Chile, onde tem-se aquelas paredes de gelo muito maiores, e ficam a uma distância segura”, citou o governador como exemplo de medida que pode ser adotada em Capitólio.
Gravações feitas por testemunhas mostram que, segundos antes do deslizamento, havia embarcações bem próximas ao paredão de pedra que caiu. Alguns banhistas que estavam mais distantes tentaram alertar os grupos, mas não tiveram sucesso.
Outra possibilidade levantada pelo governador Romeu Zema é a de não permitir o acesso à região “em determinadas épocas do ano, dependendo da intensidade das chuvas”.
“Sabemos a partir de agora que é uma região sujeita à risco, que vai merecer análise técnica de geólogos e pessoas que podem fazer análise e colocar ali um nível de risco aceitável ou não. Queremos que toda região continue atraindo turistas, mas a partir de agora um cuidado adicional será exigido. Teremos frequentemente, talvez anualmente, uma análise do risco daquela região, já que vimos que pode acontecer novamente”, pontuou o político.
Investigação
Zema comentou que não há registros, nos últimos 100 anos, de deslizamentos como o ocorrido na região. “Lembro que isto foi algo inédito. O que aconteceu ali é o que acontece, muitas vezes, Brasil afora. Uma rocha deslocou de determinado local sem nenhuma previsibilidade. Tivemos aqui a infelicidade de atingir uma lancha com 10 pessoas”, afirmou. “Quando cai um raio, de quem é a culpa?”, questionou o político.
O governador destacou que eventuais responsabilidades sobre a tragédia estão sendo investigadas pela Marinha e pela Polícia Civil. Desde o dia do acidente, apenas as autoridades podem entrar na área.