Cepa é inibida por interferon, proteção imunológica responsável pela produção de anticorpos.
Um grupo de pesquisadores alemães revelou que a causa da ômicron causar menos mortes é a inibição pelo interferon, proteção imunológica presente nas células do corpo responsável pela produção de anticorpos.
O professor Martin Michaelis, da Escola de Biociência da Universidade de Kent, explica que a ômicron, ao contrário da variante delta, não inibe “efetivamente” a resposta imune do interferon na célula hospedeira. A pesquisa, publicada nesta segunda-feira, 24, foi realizada por cientistas da Universidades de Kent e da Universidade Goethe, de Frankfurt.
Segundo o resultado do estudo, a cepa é vulnerável a 8 tipos de medicamentos antivirais testados no tratamento contra o vírus, sendo eles:. EIDD-1931 (metabólito ativo do molnupiravir); Ribavirina; Remdesivir ; Favipravir; PF-07321332 Nafamostat; Camostat; Aprotinina.
No início do mês de janeiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que os dados disponíveis até o momento indicam que a ômicron provoca sintomas menos severos que as demais variantes do coronavírus. “Estamos vendo mais e mais estudos indicando que a ômicron infecta a parte superior do corpo. Diferentemente das outras variantes, que podem causar pneumonia grave”, explicou Abdi Mahamud, epidemiologista da OMS.
Segundo estudos publicados no fim de 2021, a ômicron tem maior probabilidade de infectar a garganta que os pulmões. Com isso, a cepa se torna mais transmissível, mas menos mortal. No entanto, o presidente da organização, Tedros Adhanom, alertou que a variante não deve ser classificada como “leve”, apesar de provocar casos menos graves. Ainda é preciso muita cautela e protocolos sanitários.