Tendência nacional, processo movimentou R$ 8,3 bilhões em 2020 e totalizou 13,5 milhões de toneladas de resíduos transformados.
Na indústria frigorífica, o pensamento do químico francês Lavoisier de que “nada se cria, tudo se transforma” é uma realidade presente. Dentro da reciclagem animal, ramo que converte em novos produtos itens como sangue, gordura e ossos descartados pela cadeia da pecuária, 13,5 milhões de toneladas de resíduos foram transformadas somente em 2020, de acordo com a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA). No Paraná, a indústria de carne suína Alegra aderiu ao projeto.
Além do benefício ambiental, ao evitar o descarte desses resíduos em aterros sanitários, a reciclagem animal também é uma forma rentável de reaproveitamento, pois seus produtos têm valor e importância no mercado. Em 2020, segundo a ABRA, o setor movimentou R$ 8,3 bilhões.
Na prática
Na Alegra, por exemplo, a reciclagem animal foi a solução encontrada para o descarte do sangue dos animais que passavam pelo abate. De acordo com o gestor de Project Management Office (PMO) da Alegra, Fernando Garcia Persoli, a produção de farinha de sangue se tornou um formato viável para a empresa. “A farinha de sangue é utilizada para alimentar peixes, aves e outras espécies não ruminantes, então é uma saída sustentável para um resíduo que antes era descartado sem reaproveitamento”, explica.
Para a implementação do projeto, o investimento será de R$ 1,8 milhão. “O descarte do sangue sempre foi um problema a ser resolvido, pois essa operação gera um custo para a empresa. E, nesse caso, criar a estrutura e passar a aproveitar esse resíduo em uma solução sustentável, limpa e ainda rentável justifica o investimento e também o esforço para internalizar esse processo”, conta.
A indústria de alimentos Alegra é a união das cooperativas de origem holandesa Frísia, Castrolanda e Capal, que constituem o grupo Unium. Uma empresa que combina condições de trabalho ideais aliando tecnologia, equipamentos de última geração, preocupação com o bem-estar dos animais e sustentabilidade em seu parque industrial, sempre primando pela excelência em seu produto final, que utiliza as melhores carnes suínas.
Em 2017, a marca conquistou o reconhecimento internacional quanto às Práticas de Bem- estar Animal no abate, tornando-se a primeira planta brasileira a receber essa certificação em bem-estar suíno, pela WQS.
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Fonte: O Presente Rural