Timão abre Libertadores na Bolívia e, sem intensidade, oferece pouco perigo a modesto rival – que vence com um gol no início de cada tempo; vitória do Deportivo Cali já vira preocupação
A altitude cobra
Ao Corinthians, já vinha faltando intensidade. Com mais de 3.600 metros de altitude, então… Apesar do primeiro tempo com alguma combatividade, o time caiu demais de produção no segundo e praticamente não jogou – até porque sofreu um gol com 20 segundos. Willian tentou muito, mas cansou. Paulinho se escondeu. Renato Augusto, como de costume, tentou fazer de tudo. Não houve, porém, clima de Libertadores.
Primeiro tempo
Não bastasse a altitude de La Paz, o Corinthians já teve de “subir o morro” no placar a partir dos oito minutos, quando Marcos Riquelme teve a oportunidade de converter um pênalti em Cássio – cometido por João Pedro, totalmente perdido, em cima de Flores. Com 1 a 0 contra, o Timão teve de se lançar mais – e gastar mais energia –, buscando principalmente construir pelo lado esquerdo, com Willian e Fábio Santos. Apesar de ter mais a bola, o time de Vítor Pereira criou mais chances em chutes de longe, alguns deles com Du Queiroz, sem direção. Escalado para segurar a bola no ataque, Jô participou pouco e só apareceu no fim, em chute após boa tabela com Willian. Renato Augusto também assustou em chute da entrada da área. Paulinho quase não se projetou, enquanto João Pedro, abalado após o erro no gol, tirou as possibilidades de ataque pelo lado direito.
Segundo tempo
O jogo se decidiu logo aos 20 segundos, numa sequência de erros defensivos do Corinthians que resultou no passe de Riquelme para Ramallo tocar na saída de Cássio. O Timão havia voltado com Maycon e Róger Guedes nas vagas de João Pedro e Adson, mas não esboçou qualquer reação depois de sofrer o segundo gol. Renato Augusto tentou organizar a saída de bola, mas os companheiros, já desgastados, não se aproximavam e nem buscavam tabelas. Willian correu pelo lado esquerdo até se esgotar e ser substituído por Lucas Piton. E, em alguns momentos, a torcida do Always Ready chegou a gritar “olé” quando o time da casa mantinha a posse de bola. Uma estreia para esquecer.
Fonte: GE