Presidente eleito terá duas vagas ao longo de seu mandato, as de Ricardo Lewandowski e de Rosa Weber
O ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB), 54 anos, é cotado para uma das indicações que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), terá para o STF (Supremo Tribunal Federal) em seu mandato. Dino é professor de direito e foi juiz.
Durante o novo mandato de Lula, aposentam-se e precisarão ser substituídos no Supremo:
Ricardo Lewandowski – faz 75 anos em 11 de maio de 2023;
Rosa Weber – faz 75 anos em 2 de outubro de 2023.
Esse não é o único cargo para o qual o senador eleito é especulado. Ele também é citado como possível ministro da Justiça de Lula . Dino é o único político que o petista indicou em público que poderá integrar seu novo governo.
Caso Flávio Dino deixe ou se licencie do Senado, a vaga ficará com a 1ª suplente eleita, a enfermeira Ana Paula Lobato (PSB), de 37 anos. Ana Paula é vice-prefeita de Pinheiro, cidade do Maranhão de 83 mil habitantes que fica a 122 quilômetros de São Luis. A 2ª suplente é a vereadora de Coroatá, cidade maranhense a 230 quilômetros da capital, Lourdinha (PC do B), 66 anos.
No entorno do presidente eleito, a interpretação é de que ele não baterá o martelo sobre um nome para o STF tão cedo. Provavelmente pensará no assunto o máximo possível. Dino foi juiz federal da 1ª Região (TRF-1 de Brasília) de 1994 até 2006. Filou-se ao PC do B em 2006 e elegeu-se deputado federal naquele ano. Na eleição seguinte, em 2010, perdeu para Roseana Sarney (MDB) no 2º turno pelo governo do Maranhão. Só foi eleito chefe do executivo em 2014 e reconduzido ao cargo em 2018. Em 2021, depois de 15 anos, deixou o Partido Comunista do Brasil para se filiar ao PSB.
O então governador do Maranhão foi um dos principais opositores e críticos do governo de Jair Bolsonaro (PL) na gestão da pandemia de covid-19. Flávio Dino é irmão de Nicolao Dino, subprocurador-geral da República. Nicolao, 59 anos, é integrante do Ministério Público desde 1991 e foi vice-procurador-geral Eleitoral no biênio 2017-18 na gestão de Rodrigo Janot.
Liderou a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para suceder Janot na PGR em 2017. A seleção foi submetida ao então presidente Michel Temer (MDB) que escolheu a 2ª colocada, Raquel Dodge.
Fonte: Tag-Governo de Transição