Paulo Guedes, Ministro da Economia, que integra a comitiva de Bolsonaro, defende a participação do Brasil na Agenda da Mudança Climática .
Em seu primeiro discurso na Cúpula do G20, o presidente Jair Bolsonaro destacou, no sábado ,(30), o avanço da vacinação brasileira contra a covid-19. O evento reúne o grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, em Roma, na Itália.
“No Brasil, mais da metade da população nacional já estão plenamente imunizados de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já receberam pelo menos uma dose da vacina. Ao todo, aplicamos mais de 260 milhões de doses, das quais mais de 140 milhões foram produzidas em território nacional”, afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro também avaliou que os esforços do G20 deveriam focar no combate à pandemia de covid-19. “Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento”, acrescentou.
Ele disse ainda, que, além da vacinação, o governo brasileiro trabalha uma agenda econômica para minimizar os efeitos da pandemia no país e, assim, assegurar a retomada do crescimento econômico.
“O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022”, enfatizou o Presidente da República.
Bolsonaro salientou a importância de um “comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias”. A defesa de respostas robustas para a recuperação econômica no pós-pandemia e um comércio internacional com menos barreiras tarifárias será uma das principais bandeiras do Brasil no encontro, lembrando que o comércio e os investimentos internacionais são instrumentos poderosos para a promoção do desenvolvimento sustentável.
“Gradualmente, nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos de recuperação caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias”, argumentou.
PAULO GUEDES DEFENDE A PARTICIPAÇAO DO BRASIL NA AGENDA DA MUDANÇA CLIMATICA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que integra a comitiva do presidente Jair Bolsonaro em Roma, afirmou dizendo que há um esforço brasileiro em ser membro pleno da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organismo internacional de assessoria financeira independente. “O Brasil quer ter acesso à OCDE, queremos ser membro do clube. Somos uma das maiores economias do mundo. Eles pedem nossa colaboração para fazer um acordo de tributação global, nós fizemos; pedem nossa colaboração para entrarmos no programa de mudanças climáticas. Nós, por outro lado, queremos ter acesso ao clube para discutir os problemas mais importantes da economia mundial”.
“O Brasil emite, por ano, 1,7% de carbono na atmosfera. A China [que não faz parte da OCDE] expele 30%. Os Estados Unidos, 15%. A União Europeia, 14%. Tenho certeza de que o secretário Mathias Cormann é um amigo do Brasil e vai analisar nosso pleito com a devida atenção e sensibilizar os outros membros”, acentuou Paulo Guedes .
A decisão para a entrada do Brasil na organização, no entanto, depende da aprovação dos outros 38 sócios. Para integrar o grupo formado por países como Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Colômbia e Costa Rica, desde 2017 o Brasil cumpre diversas normas – chamadas de instrumentos de aderência – em relação a comércio.
Redação de Eliana Saraiva, com informações da Agência Brasil