Setor agro e mineral serão os mais atendidos com os novos pedidos, com 32,8% cada.
O governo federal assinou 19 contratos com empresas para construção de ferrovias por meio de autorização, sem a necessidade de leilão. Serão 6.498 km de malha nova e R$ 90,74 bilhões em investimentos. Os contratos valem por 99 anos, renováveis por mais 99.
De acordo com o Secretário de Transportes Terrestres, Marcello Costa, a maior parte dos aportes deve ser feita nos 5 primeiros anos.
O agronegócio e minério serão os dois setores mais atendidos, com 32,8% dos perfis de cargas das ferrovias solicitadas que o Ministério da Infraestrutura pôde divulgar. Celulose e carga geral vêm na sequência com 10% e 6,2%, respectivamente.
Atualmente, 70% do que as ferrovias transportam no Brasil são minério e 15%, grãos. Segundo Costa, a próxima revolução ferroviária vai passar pela maior diversificação de produtos carregados, que terão maior valor agregado. O contêiner, que as novas linhas já carregam, entra nessa lógica.
Já foram analisados na 1ª fase 21, incluídos os 19 assinados. Totalizam 16.000 km de novas ferrovias e R$ 200 bilhões em investimento. Segundo Marcello Costa, esses contratos ainda não serão executados em 2022. “Neste ano, teremos projetos, licenciamentos e desapropriações”, disse. Para 2022, o Ministério espera entregar 254,6 km de malha instalada, mais que em 2020 e 2021.
Esses trilhos, entretanto, não se referem ao novo marco do setor. São trilhos construídos por empresas que disputaram leilão e ganharam concessões. Os contratos atuais somados aos do novo marco devem mudar o perfil da carga transportada. A partir de 2035, o ministério projeta que as ferrovias serão 40% a 45% da matriz de transportes.
Redação: Eliana Saraiva, com informações DA EBC/ Ministério dos Transportes.