Índice acumulou 4,84% . Para 2023, o acúmulo é de 4,30%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,33% em novembro. O anunciou foi feito na terça-feira , 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice teve aceleração de 0,12 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,21% para outubro. Em novembro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,53%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,84% na janela de 12 meses. Já no ano de 2023, o acúmulo é de 4,30%. O resultado veio um pouco acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava alta de 0,30% no índice em novembro.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito tiveram altas na prévia de novembro. O principal impacto veio de Alimentação e bebidas, com ganho de 0,82% no mês.
Dentro da divisão de alimentos, destaque para a Alimentação no domicílio, que rompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e subiu 1,06% em novembro.
Variação dos grupos em novembro/23:
Alimentação e bebidas: 0,82%;
Habitação: 0,20%;
Artigos de residência: 0,24%;
Vestuário: 0,55%;
Transportes: 0,18%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,08%;
Despesas pessoais: 0,52%;
Educação: 0,03%;
Comunicação: -0,22%.
Alimentação em alta
O grupo Alimentação e bebidas teve o maior impacto no índice geral de novembro, contribuindo com 0,17 ponto percentual do total. A Alimentação no domicílio, que voltou a subir depois de cinco meses, registra preços de alimentos in natura.
Dentre os destaques do IBGE estão a cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). Na ponta oposta, tiveram queda os preços do feijão-carioca (-4,25%) e do leite longa vida (-1,91%).
Já a Alimentação fora do domicílio continuou em passo moderado de alta, com ganho de 0,22%. No mês anterior, o aumento foi semelhante e ficou em 0,21%. O subitem refeição (0,22%) teve a mesma variação do mês anterior, enquanto o lanche registrou alta de 0,35%, após queda de 0,11% em outubro.
Efeitos para o Final de Ano
Já como efeitos do fim de ano, o grupo Despesas pessoais teve alta de 0,52% no mês, contra 0,32% do período anterior. Desta vez, houve influência do pacote turístico (2,04%), da hospedagem (1,27%) e do serviço bancário (0,63%). No todo, o grupo contribuiu com 0,05 p.p. do índice.
O setor de Transportes também sofre impactos (0,18%), cujo principal puxador de alta foram as passagens aéreas (19,03%). Dentre os subitens, as passagens também tiveram o maior peso individual da medição, com 0,16 p.p.
O grupo, contudo, teve resultados amenizados pela redução nos preços de combustíveis, que tiveram deflação de 2,11% em novembro. A gasolina permaneceu em tendência de redução, com queda de 2,25%. Também caíram o etanol (-2,49%) e o gás veicular (-0,57%). O diesel teve alta de 1,12%.
João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, diz que as medidas subjacentes e de núcleo da prévia de inflação permanecem corroborando uma dinâmica positiva e não altera as perspectivas para a condução da política monetária pelo Banco Central, que é de manutenção do ritmo de cortes de juros de 0,5 ponto percentual da Selic nas próximas reuniões.
O grande desafio está para 2024, em especial para o setor de alimentos.
Fonte: IBGE