O ano está acabando e as preocupações com os compromissos para 2022 começam a povoar a cabeça do brasileiro. Passada a ressaca das despesas das festas começam chegar as do ano novo: IPTU, material escolar e o glorioso IPVA. Esse particularmente tem tudo pra deixar o contribuinte de mal humor. A base de cálculo do imposto é 4% sobre o valor do veículo, de acordo com a tabela FIPE do mês de setembro. Acontece que em 2021, por conta da dificuldade das montadoras no tocante a peças o preço do carro novo disparou e na esteira a mesma coisa com o usado. Resultado: em relação ao valor pago esse ano, o IPVA no Estado de São Paulo terá um acréscimo na casa de 30%. Muito acima da inflação oficial que deve ficar em 10,42%. Se serve de consolo o governo paulista anunciou que o parcelamento sobe de três para cinco parcelas.
Em relação ao IRPF, Imposto de renda pessoa física as notícias também não são boas. A tabela de correção a exemplo dos últimos sete anos mais uma vez não foi corrigida. Dessa forma segue no mesmo patamar tanto para renda como para despesas com dependentes e instrução. Segundo os auditores da Receita Federal a defasagem de correção é de 134% e cerca de 15 milhões de contribuintes que hoje pagam imposto de renda seriam isentos. Ao mesmo tempo proporciona um incremento de 149 Bilhões de reais nos cofres do Tesouro. O Ministério da Economia justifica a não aplicação do reajuste na tabela ao incremento de despesas na esfera federal.
Num ano de muita dificuldade financeira para o cidadão brasileiro, que vem a duras penas buscando uma retomada na economia, com alto índice de desemprego, pressão inflacionária e ainda sob a sobra da pandemia faltou sensibilidade aos que teriam obrigação de defender os interesses da população. Mas mesmo sendo dezembro isso seria acreditar em Papai Noel.