O câncer de boca é o quinto tipo com maior incidência no mundo. No Brasil, ocupa a quinta posição entre os homens e a sétima entre as mulheres. A fim de propagar informações sobre a doença, conscientizando a população acerca da importância das medidas de prevenção, a Oncológica do Brasil promove a campanha Maio Vermelho
O câncer da boca (também conhecido como câncer de lábio e cavidade oral) é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. Segundo a Oncológica do Brasil, a doença é mais comum em homens acima dos 40 anos, sendo o quarto tumor mais frequente no sexo masculino na região Sudeste. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
A parte posterior da língua, as amígdalas e o palato fibroso fazem parte da região chamada orofaringe e seus tumores têm comportamento diferente do câncer de cavidade oral. Assim como as demais neoplasias malignas, o diagnóstico precoce do câncer bucal é determinante, pois, apesar dos avanços nas formas de tratamento – cirurgia, radioterapia e quimioterapia -, a taxa de sobrevivência de cinco anos não evoluiu ao longo das últimas décadas, permanece em cerca de 50-55%.
Os principais sintomas são o surgimento de machucados, como úlceras que demoram a cicatrizar, manchas brancas ou avermelhadas, sangramentos, inchaço e dormência em alguma área, além de rouquidão. Nas primeiras etapas, a doença pode ser silenciosa, sem a manifestação de sinais. Nas fases mais avançadas, pode causar mau hálito, dores na região, dificuldade para falar e engolir, além do desenvolvimento de caroços no pescoço e perda de peso.
Fatores de risco
O grande vilão é o consumo de tabaco em todas as suas formas – cigarro com filtro, palheiro, cigarro eletrônico, narguilé, charutos, cachimbos etc. Ingestão frequente de bebidas alcoólicas, exposição à radiação ultravioleta sem proteção e contágio por papilomavírus humano (HPV) pesam bastante. A exposição a algumas substâncias às quais são submetidos trabalhadores da construção civil e da indústria também pode desenvolver a doença.
Prevenção e diagnóstico
A forma mais eficaz de se proteger é evitando os fatores de risco e mantendo hábitos alimentares saudáveis. O principal método de diagnóstico é o exame clínico visual; é recomendado o autoexame como uma medida para a descoberta precoce da doença. A confirmação se dá por meio de biópsia da lesão. Ao surgimento de algum sinal, a pessoa deve procurar uma consulta com um cirurgião-dentista.
Sendo diagnosticada logo no início, diminui as chances de a doença causar sequelas maiores após o tratamento. A descoberta tardia de um tumor maligno na boca pode comprometer a fala, a mastigação, a deglutição e a estética da face.
Tratamento
Normalmente, é realizado um procedimento cirúrgico, que pode ser associado a sessões de radioterapia e quimioterapia. Além da retirada do tumor, é feito um tratamento multiprofissional, com o suporte de enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e nutricionistas, para a recuperação do paciente.
Campanha Maio Vermelho
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), há uma estimativa de que ocorreram mais de 15 mil casos novos de câncer bucal no Brasil em 2020. Os homens, em geral, apresentam prevalência maior – em uma proporção aproximada de três homens para cada mulher com a enfermidade. O câncer de boca no Brasil é o quinto tipo de câncer mais frequente entre os homens e está dentre os 10 tumores malignos com maior taxa de mortalidade neste gênero.
O câncer de boca é o quinto tipo com maior incidência no mundo. No Brasil, ocupa a quinta posição entre os homens e a sétima entre as mulheres. A fim de propagar informações sobre a doença, conscientizando a população acerca da importância das medidas de prevenção, a Oncológica do Brasil promove a campanha Maio Vermelho.