Longa rendeu a Wagner Moura o prêmio de ‘Melhor Primeira Direção’ e ‘Roteiro Adaptado’, com Felipe Braga, e a Seu Jorge o de ‘Melhor Ator’.
Na quarta-feira (10), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, aconteceu a 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Após duas edições on-line, por conta das restrições da pandemia de Covid-19, e três edições em São Paulo, a premiação organizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais retornou presencialmente ao Rio de Janeiro em 2022.
O filme “Marighella” foi destaque da noite ao levar para casa o troféu Grande Otelo em oito das dezessete categorias as quais concorria, incluindo melhor filme. Wagner Moura venceu na disputa de melhor primeira direção de longa-metragem pelo trabalho na produção.
A produção orçada em R$ 10 milhões foi filmada em 2017, mas estreou apenas em novembro de 2021 após uma série de adiamentos, sendo um deles a pandemia, além de um imbróglio envolvendo a Ancine, supostamente causado pelo forte teor político da trama, que biografa o guerrilheiro comunista Carlos Marighella, morto pela ditadura militar.
Ao todo, foram anunciados 32 prêmios nas categorias longa-metragem, curta-metragem e séries independentes brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. Também foi entregue o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação pelo site da instituição.
O 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro homenageou as mulheres produtoras de cinema que, ao longo da história foram e são protagonistas na realização de centenas de filmes, dos mais diversos gêneros. Também foram celebrados os 60 anos do filme “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte (1920-2009), único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962.
A cerimônia de premiação teve apresentação da atriz Camila Pitanga e Silvero Pereira, que também realizou os números musicais. Durante o evento, o ator também interpretou três canções: “Sujeito de Sorte”, de Belchior, “Maria Maria”, de Milton Nascimento e “Dias Melhores Virão”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
Eliana Saraiva, com informações da Academia Brasileira de Cinema