Novembro Azul: Campanha alerta sobre cuidados com a saúde masculina

Homem é preso com drogas. Carro usado para o transporte foi furtado na cidade de Matão no mês de outubro
30 de novembro de 2021
Fome atinge mais da metade dos brasileiros durante a pandemia.
30 de novembro de 2021
Exibir todos

Novembro Azul: Campanha alerta sobre cuidados com a saúde masculina

Homens também desenvolvem câncer, em especial o de próstata.

Todos os anos, o mês de novembro é palco da campanha “Novembro Azul”, que busca conscientizar a população sobre os cuidados necessários em relação ao câncer de próstata. A doença foi o segundo tipo de câncer que mais fez vítimas entre os homens no Brasil em 2020, com 15.983 óbitos, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Além disso, 29,8% dos casos de câncer em pacientes do sexo masculino tiveram a próstata como localização primária do tumor. Porém, mesmo com os altos índices de ocorrência, os cuidados e o tratamento da doença são vistos por muitas pessoas como tabus, o que prejudica as ações de prevenção.

Exame de detecção

De acordo com o Inca , para a detecção do câncer de próstata em um paciente são realizados dois exames principais. Um deles é um exame de sangue, feito para avaliar a dosagem de um componente conhecido como antígeno prostático específico (PSA). Esse teste é acompanhado pelo exame de toque retal, em que o médico insere um dedo no ânus do paciente para tocar a próstata e identificar possíveis alterações. É justamente neste segundo procedimento que está um dos grandes tabus a respeito da doença.

De acordo com o Núcleo de Projetos, Prevenção e Pesquisa em Câncer (NUPPPEC), muitos homens resistem em fazer o exame pelo incômodo com a intervenção. Esse preconceito atrasa o diagnóstico porque muitos homens deixam de ir ao médico, por medo de o médico forçar uma situação e já fazer o exame.

O Inca salienta ainda que a realização dos dois exames é fundamental para uma assimilação precisa da doença. A realização desta avaliação é essencial para a identificação de nódulos e complementa o resultado do PSA, que costuma ser mais aceito pelos homens, porém são análises que têm finalidades diferentes e os resultados se integram para a conclusão diagnóstica. O exame de toque é indolor. Além disso, o procedimento é muito rápido e dura de 7 a 10 segundos.

Medo do diagnóstico

Além do preconceito, outro fator que tem afastado os pacientes dos consultórios é o medo de receber um diagnóstico positivo para a doença. 0 câncer tem um impacto significativo na vida de um indivíduo e muitos deixam de ir ao médico para não precisarem confrontar a realidade.

O medo ocorre porque o câncer traz muitas incertezas, medos e desconfortos físicos. O tratamento da doença passa a ocupar o lugar principal na vida do indivíduo. “É normal que um resultado positivo provoque um período turbulento de emoções, com sentimentos como vulnerabilidade, tristeza e medo do desconhecido”, explica o departamento de psicologia do  Inca.

Psicólogos, de modo geral, aconselham que os pacientes em tratamento procurem estar próximos de pessoas que amam, como familiares ou amigos, e pratiquem atividades físicas. Além disso, é importante e necessário os cuidados com as emoções e a autoestima. ”É bom reservar um tempo durante o dia para se acalmar e sempre investir no que faz bem. Isso ajuda muito na saúde mental após o diagnóstico”, sugerem os professionais.

Idade

Ao contrário de outros tipos de câncer, como o de pele, o câncer de próstata é mais comum em pessoas que já estão na terceira idade. Homens a partir dos 65 anos estão mais suscetíveis desenvolvimento da doença. Pesquisas do NUPPPEC do Hospital das Clínicas de Uberlândia, alertam que também existem outros elementos que podem aumentar as chances de contrair a doença. “Entre os fatores além da idade, estão o histórico familiar, o excesso de gordura corporal, exposição a algumas substâncias comuns na indústria química, mecânica, entre outros”.

“Muitas pessoas que possuem um ou mais fatores de risco, nunca terão câncer, enquanto outras com poucos ou nenhum fator conhecido, podem ter a doença. Assim é essencial observar os sinais do corpo, buscar ajuda médica sempre que necessário e monitorar constantemente a saúde, realizando exames de rotina”, defendem profissionais do Inca.   Texto de Eliana Saraiva, com informações do INCA e do hospital do Câncer

Deixe uma resposta