Petrobrás anunciou nessa sexta-feira aumentos nos preços da gasolina e do diesel. Os novos valores passam a ter vigência a partir de sábado, dia 18.
No caso da gasolina o aumento será de 5,18% e no diesel 14,26%. A justificativa para os aumentos é que os preços estavam defasados em relação ao praticado no mercado mundial, lembrando que atualmente a Petrobrás tem como prática a chamada PPI – Paridade com preços internacionais.
A alta nos combustíveis preocupa porque é um gatilho para a inflação, principalmente em relação ao diesel, uma vez que 70% de toda produção brasileira tem como base o frete rodoviário.
Visando conter a alta dos preços, o Governo Federal vem tentando implementar medidas que possam atenuar os preços. A mais recente foi o projeto de lei complementar aprovado essa semana relativo à limitação da cobrança do ICMS em 17%. Especialistas, entretanto, alertam que a medida pode não impedir a alta dos preços uma vez que o preço do barril de petróleo é sujeito à variação internacional e à variação do dólar.
Por outro lado o mercado financeiro vê com preocupação eventual interferência do Govêrno na gestão da Petrobrás, que é uma empresa de capital aberto. Por conta dessas preocupações as ações da Empresa apresentavam queda de 9,85% por volta das 16:00 horas dessa sexta feira.
Como se diz, em economia o cobertor é curto, qualquer decisão invariavelmente acaba tendo contrapartidas. No caso da redução do ICMS haverá perda de receitas para estados e municípios, interferência na política de preços tem impacto no valor das ações da Petrobrás, aumentos sucessivos são literalmente combustível para a inflação e descontentamento da classe dos caminhoneiros, alta nos preços é desgaste político às vésperas de eleição. O grande desafio é achar o ponto de equilíbrio, tarefa das mais difíceis. Nesse caso nem o Posto Ipiranga parece resolver.