O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou que irá se reunir com a equipe econômica para garantir recursos para o pagamento do piso salarial da enfermagem após a suspensão da lei, que vigoraria neste mês. Na terça-feira (6), ele esteve com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que também defendeu os novos salários, mas ressaltou a falta de dinheiro. Pacheco apontou como fontes de recursos a correção da tabela do SUS pelo governo federal, a desoneração da folha de pagamento do setor e a compensação da dívida dos estados com a União.
Desoneração da folha dos hospitais, correção da tabela do Sistea Único de Saúde (SUS) e compensação de dívidas dos estados com a União podem ser as soluções para o problema do piso salarial dos enfermeiros, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O Congresso Nacional promulgou neste ano uma emenda constitucional que garante o piso salarial para profissionais de enfermagem, mas o ministro alegou risco à prestação de serviços de saúde.
Essa judicialização faz nascer um senso de urgência na solução da fonte do custeio para o piso nacional da enfermagem. Pacheco disse, em entrevista coletiva, após a reunião de terça-feira, 6, que sentiu do ministro Barroso, absoluta disposição de dar solução ao problema. Pacheco espera que o processo de conciliação seja muito rápido em razão do compromisso do Congresso Nacional de fazer prevalecer a lei que foi votada.
O presidente do Senado cobrou também a participação do Poder Executivo nas negociações, uma vez que medidas econômicas ou iniciativas legislativas terão que passar por lá. Pacheco quer se reunir em breve com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga.
Pacheco voltou a defender o piso, observando que a pandemia de covid-19 evidenciou que a categoria tem salários “aviltados”. Ele também garantiu que, se o Congresso precisar se reunir para votar alguma medida, será possível fazer isso antes das eleições, que acontecerão em 2 de outubro.
Fonte: Agência Senado