O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante agenda realizada com reitores de universidades federais e dos institutos federais de ensino na quinta-feira, 19, disse que a reunião se trata de um novo marco, ou seja, é o começo de um novo momento. “Sei do obscurantismo que se viveu nos últimos 4 anos, e eu quero dizer que estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo”, afirmou Lula a na abertura do encontro, no Palácio do Planalto.
De acordo com o Presidente da República, governo buscará oferecer uma educação de qualidade, alinhada ao “novo mundo do trabalho” e às necessidades da sociedade. Lula defende que as universidades precisam estar alinhadas com empresários, sindicatos, governo, para que seja possível mensurar o que vai fazer para colocar as pessoas no mercado de trabalho. O Presidente Lula reforçou sua fala quando citou a falta de qualificação de trabalhadores para ocupar funções que exigem conhecimento em tecnologia.
Para o presidente, a escolha dos cursos prioritários para o país também deve ser motivo de discussão. “O Brasil não pode ser o país do mundo que tenha mais universidades para formar advogado, precisamos formar outras pessoas. Precisamos investir mais em engenharia, em médicos. Na maioria das cidades desse país, temos carência de médicos. É preciso adotar a política de levar benefício para a pessoa que mora distante, se não ela vem para a cidade e vai ser mais uma pessoa pobre inflando a pobreza nas grandes metrópoles brasileiras, que custa muito mais caro que levar o benefício até ela”, argumentou Lula.
O presidente Lula defendeu a ampliação de programas como o ProUni e o Fies, para abrir as portas da universidade e criar oportunidades para a população mais pobre. Lula disse ainda que, durante todo seu mandato, a autonomia das universidades será garantida, com a nomeação dos reitores escolhidos pela comunidade acadêmica, e que fará reuniões anuais para alinhar os compromissos.