Dezenas de procuradores do Ministério Público Federal solicitam que o procurador-geral apure se o ex-presidente praticou incitação de crime após perder a eleição presidencial.
Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo crime de incitação de crime após perder a eleição presidencial.
O grupo é formado por cerca de 80 procuradores e procuradoras da República de todo o país e direcionado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado para o cargo por Bolsonaro.
De acordo com o documento, Bolsonaro se “engajou na disseminação de informações falsas” após o resultado da eleição presidencial. Lula venceu o 2º turno e foi eleito presidente em 31 de outubro.
Os procuradores afirmam que Bolsonaro questionou o resultado das eleições e a lisura do processo eleitoral. As atitudes, segundo os integrantes do MPF, poderiam ser investigadas em inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos terroristas ocorridos em Brasília, no último domingo, 8, contra a sede dos três poderes.
O grupo solicita ainda que Bolsonaro seja interrogado e que a Meta, empresa proprietária do Facebook, disponibilize informações de um vídeo publicado e, posteriormente, apagado por Bolsonaro.
Outros pedidos também constam da solicitação, com o objetivo de “aferir os potenciais efeitos de postagens” de Bolsonaro e de especialistas que monitoram grupos de apoiadores do ex-presidente.