Queijo de Alagoa-MG é premiado pela segunda vez consecutiva.
Produtores de queijo de Minas Gerais conquistaram 40 medalhas entre as 57 conferidas a queijos brasileiros, no concurso Mondial du Fromage et des Produits Laitiers (Mundial de Queijos e de Produtos Lácteos), realizado na França.
A competição, organizada pelo Guilde Internationale des Fromagers (Guia Internacional dos Queijeiros), está em sua quinta edição, e foi realizada entre 12 e 14 de setembro, na cidade de Tours. Além dos prêmios, o evento promove encontros e palestras com especialistas do setor de todo o mundo.
Participaram 900 queijos de 46 países. O Brasil concorreu com 183 exemplares dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. Durante o concurso, foram disputadas 331 medalhas.
Os brasileiros conquistaram cinco medalhas na categoria “super ouro”, 11 de ouro, 24 de prata e 17 de bronze. De acordo com a SerTãoBras, instituição que organizou a ida dos produtores brasileiros à França, está confirmada a realização do 2º Mundial de Queijos do Brasil, no Museu do Inhotim, em Minas Gerais, de 15 a 18 de setembro de 2022.
Queijo de Alagoa-MG é premiado pela segunda vez consecutiva. Depois de conquistar o ouro em 2019, o Queijo Premium Maturado de 60 dias, fabricado na Fazenda Bela Vista, em Alagoa, no Sul de Minas Gerais, voltou a levar pra casa uma medalha de ouro no concurso Mondial du Fromage et des Produits Laitiers (Mundial de Queijos e de Produtos Lácteos), realizado na França, neste ano. O concurso é realizado de 2 em 2 anos. Segundo a produtora e uma das proprietárias da fazenda, Thaylane Siqueira Guedes, “a sensação foi como se fosse pela primeira vez”, enfatizou.
O queijo Artesanal da Fazenda Bela Vista Premium 60 dias, é o queijo diferenciado da linha de produção da Fazenda Bela Vista. Ele conquistou a mesma colocação em tão importante concurso. Concorreu com mais de 900 queijos e ficou com a mesma classificação de 2019 OURO no Mundial. “Acredito que o queijo Artesanal Alagoa com 60 dias de maturação seja o mais valioso de todos; a maturação é feita simplesmente por deixá-lo em tábuas de pinheiro e o tempo e o mofo fazem seu trabalho, só que lembrando que a Fazenda está a 1.500 mt de altitude, aí acredito estar aí um dos grandes diferenciais, deixando o queijo com um sabor inigualável”. Mas antes de chegar às tábuas de maturação, ele é produzido por verdadeiros mestres, há mais de 35 anos, Cláudio, Maria e Renato, daí vem o saber fazer o queijo com arte, amor e dedicação e o principal, em família.
O queijo vencedor da Fazenda Bela Vista Premium 60 dias não está disponível, pois são queijos especiais que precisam do tempo de maturação para ficarem prontos. Uma nova remessa ficará pronta em novembro, quando estará disponível para comercialização no site de vendas (Instagram) da referida fazenda para o consumidor final. Em Três Corações -MG o produto estará à venda em duas lojas: Casa de Queijo do Gilmar e na loja Santo Queijeiro. Em Varginha, no Clube Campestre, com o João e no Cantinho da Roça.
OUTROS DESTAQUES
No geral o Brasil ficou em 2º lugar, com 5 medalhas Super Ouro, perdendo apenas para a anfitriã, França. O estado de Minas Gerais, tradicionalmente conhecido pelos produtos lácteos, conquistou 40 das 57 medalhas brasileiras. No total, o país ganhou 11 medalhas de ouro, 24 de prata e 17 de bronze. O Estado de São Paulo conquistou 15 medalhas, sendo uma Super Ouro.
Cinco queijos brasileiros que mais se destacaram foram os que ganharam a medalha Super ouro. Os vencedores foram: Queijo Minas Artesanal Quilombo na Cachaça – Ivacy Pires Dos Santos (Sabinópolis, região do Serro, Serra da Canastra); Canastra Reserva do Ivair – Ivair José De Oliveira (São Roque de Minas, Serra da Canastra); Queijo Santo Casamenteiro – Laticínios Cruzília (Cruzília, Sul de MG); Queijo Canastra Serjão Maturado 100 Dias – Sergio De Paula Alves (Piumhi) e o Mandala 12 Meses, da Pardinho Artesanal, da cidade de Pardinho-SP.
Texto : Eliana Saraiva, com informações de Exame.com