A Reforma Tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados e vai agora para o Senado, caso não sofra alterações irá para sanção do Presidente.
Foram pelo menos seis alterações em relação ao projeto original encaminhado pelo relator, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA). Algumas distorções foram retiradas como a que suprimia isenções fiscais que poderiam inviabilizar o vale alimentação dos trabalhadores. Outra alteração importante foi a retirada da limitação de renda anual até R$ 40.000,00 para opção do desconto simplificado pelo contribuinte.
O avanço mais importante foi a tributação de lucros e dividendos, que em princípio era de 20% e foi reduzida para 15%. De qualquer forma é significativo uma vez que o Brasil era o único país do mundo que não tributava essa receita.
Para os assalariados, embora não o ideal houve um alívio com a mudança do limite de isenção e alteração das alíquotas. Pelo projeto ficarão isentos os contribuintes com renda mensal de até R$ 2.500,00. Essa media vai isentar cerca de 16,3 milhoes de trabalhadores. Veja como ficou a tabela :
Faixa 1 – até R$ 2.500,00 isento
Faixa 2 – de R$ 2.500,01 até R$ 3.200,00 7,5%
Faixa 3 – de R$ 3.200,01 até R$ 4.250,00 15%
Faixa 4 – de R$ 4.250,01 até R$ 5.300,00 22,5%
Faixa 5 – acima de R$ 5.300,00 27%
O novo texto trata ainda sobre tributação na Bolsa de Valores, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), redução de benefícios fiscais e alteração do valor de bens imóveis na declaração.
O Balanço final é que com as mudanças haverá perda de arrecadação para o Governo Federal. Acabou prevalecendo o viés político sobre o técnico e os principais objetivos como progressividade, isonomia, estímulos a investimentos e eficiência econômica acabaram não sendo contemplados como deveriam. Não é o ideal, mas representa um progresso.