O diagnóstico precoce da doença pode evitar a cegueira infantil
O retinoblastoma é um tumor maligno raro originário das células da retina, a parte do olho responsável pela visão. Esse tipo de câncer afeta um em cada 18 mil bebês ou crianças de até 3 anos de idade, em um ou ambos os olhos.
Durante o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, comemorado no domingo, 18, o Ministério da Saúde reforçou a necessidade dos pais e responsáveis por bebês e crianças ficarem atentos e, caso apareça algum sinal da doença, procurar ajuda médica imediata.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento, assistência, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma, de forma integral e gratuita. Os pacientes são acolhidos nos centros especializados de referência nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).
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Segundo a oftalmologista Fabíola Marazato, do CBV-Hospital de Olhos de Brasília, não existe prevenção para o retinoblastoma. Nesses casos, a prioridade é procurar um diagnóstico precoce. Ela orienta que familiares precisam estar atentos para algum tipo de estrabismo, algum desvio do olho, em especial é o reflexo branco. A oftalmologista orienta que, mesmo que não tenha aparecido nada no exame do olhinho, realizado nas maternidades, o ideal é fazer consultas oftalmológicas a cada 6 meses ao longo dos 3 primeiros anos de vida da criança.
O principal sintoma da doença é a leucocoria, um reflexo branco na pupila presente em 90% dos casos de retinoblastoma. Outros sintomas são estrabismo, vermelhidão ocular, baixa visão, dor e protusão ocular.
O tratamento para o retinoblastoma envolve uma radioterapia local, para a redução do tumor. A remoção do olho é recomendada nos casos extremos.
Fonte: Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) / Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).