O COPOM – Comitê de Politica Monetária do Banco Central decidiu na última segunda feira subir a taxa Selic em 1,5 %. A taxa Básica de juros da economia foi de 6,25 para 7.75% aa. O maior patamar desde 2017. É ainda o maior aumento em uma única reunião desde 2002.
Mais uma decisão tentando conter a inflação oficial do país que nos últimos 12 meses acumula uma alta de 10,25% e não mostra sinais de desaceleração. O Copom sinaliza ainda a possibilidade de um novo reajuste no mesmo patamar na próxima reunião que acontece dia 8 de dezembro.
A alta da taxa de juros é usada pelo BC como ferramenta para tentar conter a inflação. A intenção é reduzir o consumo forçando os preços a cair, seja pelo estímulo de deixar o dinheiro no banco ou pelo dinheiro mais caro do crediário.
O problema é que mesmo sendo essa a sexta alta seguida da taxa de juros, a inflação não vem cedendo.
Na realidade o Brasil está vivendo um fenômeno chamado estagflação, que é o aumento da inflação sem aquecimento da economia, que em princípio seria a regra lógica: os preços sobem porque tem muita gente comprando, e não é isso que está acontecendo.
Fatores diversos como crise energética, alta do dólar, inflação mundial, peço dos combustíveis, instabilidade política, queda na safra de grãos são fatores que acabam produzindo uma tempestade perfeita e neutralizando as inciativas do Banco central em relação a taxa de juros. A engrenagem como um todo está muito descontrolada para uma ferramenta só.
Nesse cenário a união de todas as lideranças da sociedade convergindo para o mesmo objetivo é o único caminho para combater o problema. Só o aumento da taxa de juros não vai resolver.