Mochilas, até livros didáticos podem ser reutilizados, ensinam especialistas
O ano letivo se aproxima. A grande maioria das Instituições Escolares retomam suas atividades em fevereiro e as listas de materiais escolares já estão disponíveis em várias papelarias. Pais e responsáveis por estudantes de series diversas precisam dar atenção à compra do material e, também, de uniformes.
De acordo com Sidnei Bergamaschi, presidente executivo da ABFIAE (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares) , para 2022, os reajustes foram elevados em todas as categorias de materiais escolares, variando de 15% a 30%, em média, e diante do cenário econômico atual, uma das alternativas é reaproveitar os itens do ano anterior.
Essa é decisão de muitas mães, seja para aqueles alunos que irão para o ensino fundamental em uma escola particular ou em redes públicas. O importante é reaproveitar alguns itens, como lápis, borracha, apontador, entre outros itens como objetivo de economizar. .
A ABEFIN (Associação Brasileira dos Educadores Financeiros) orienta que reutilizar o que está conservado é uma boa alternativa para economizar; guardar o material do ano anterior, a pessoa vai apenas repondo o necessário. Isso vale, por exemplo, para lápis de cor e canetinhas, priorize a marca, borrachas de qualidade duram muito. O principal é conscientizar a criança de que, ao comprar algo apenas para ter uma coisa nova, gera-se lixo desnecessariamente. O resultado é economia e educação.
Especialistas financeiros salientam que o comércio eletrônico para fazer a comparação de preços é uma ferramenta importante, uma vez que a internet está aí para comparar preços. Uma possibilidade é atentar para sites que oferecem frete grátis, pois é possível comprar tudo pela internet e viabilizar tempo e economia.
Vale destacar que o ambiente virtual também pode ser um influenciador para crianças desejarem materiais novos e diferentes. Portanto, é preciso cautela . Na mesma medida que há vídeos expondo novas possibilidades, há também vídeos educativos que orientam como preservar e reutilizar o material antigo. Especialistas financeiros alertam para possíveis influências, no porquê as crianças acham tão importante ter tudo novo na volta às aulas. O que vale mesmo é a conscientização .
Outra orientação é para estudantes de escolas públicas, já que o Estado fornece kits de material escolar para os alunos, então é possível aproveitar os lápis de escrever, apontador, régua, borracha e cola branca”. Na rede pública, os livros também são fornecidos pelo estado.
Livros usados
Para os Educadores Financeiros, é importante que os pais fiquem atentos por exemplo, em redes de contatos que ofereçam troca ou venda de livros usados. Use e abuse dos grupos de pais e mães em WhatsApp, pois a troca entre anos escolares podem fazer a diferença. Venda de livros nos grupos de alunos que ingressam no ano escolar anterior ao de seu filho pode auxiliar e fazer capital de giro para aqueles que estão um ano à frente. Isso é reuso, é sustentabilidade, é economia; portanto Pais, não tenham vergonha de economizar.
Erica Cardoso, gerente de Marketing e Comunicação da Estante Virtual, um sebo que vende livros usados pela internet, explica que 80% dos livros comprados no início do ano são seminovos e usados. “A procura de paradidáticos é para todos os anos do ensino fundamental ao ensino médio. Já os didáticos mais buscados são os a partir do 6º ano.”
Livros já usados ou com grifos e anotações podem ser vendidos na Estante Virtual. “Todos os seminovos e usados disponíveis no site têm descrições detalhadas dos vendedores sobre o estado de conservação e condições gerais”, explica Erica
Erica ressalta que o cenário econômico tem impulsionado a procura por livros usados. “Estamos com aumento de visitas e de vendas de 40% em relação ao mês de dezembro, muito puxado pela busca de livros didáticos. A compra de livros seminovos e usados é uma realidade no atual cenário de inflação, com preços mais altos em tudo que é essencial. Então, vemos o sebo como uma oportunidade para os pais economizarem neste período em que a compra de material didático pesa no orçamento.”
Dicas para Economizar
A ABEFIN tem dicas para que os pais economizem na compra do material escolar e recomenda que estes ensinem educação financeira aos filhos:
– Faça uma lista do que é básico. “Algumas escolas já oferecem aos alunos, mas, se este não for o seu caso, faça a própria lista e lembre-se de colocar o que for realmente básico, porque na papelaria há muitas coisas que são uma tentação aos olhos dos pais e dos filhos.”
– Pesquise em pelo menos três sites na internet e veja os orçamentos. “Compare os preços das lojas, olhe em aplicativos, que sempre têm promoções e vendem a preços acessíveis, pois, às vezes, mesmo pagando o frete, os produtos ainda saem mais baratos.”
– Cuidado com as exigências dos pequenos. Todos os pais e mães já devem ter passado por isso: os filhos veem aqueles artigos coloridos, com desenhos, que custam o triplo ou quatro vezes mais que os outros. “Estamos vivendo uma época em que toda economia é bem-vinda, seja a curto ou longo prazo. E estamos em um período em que o IPTU e o IPVA vão começar a chegar. Portanto, tenham equilíbrio para agradar a criança, mas não se endividar com isso.”
– Compre em conjunto. “Junte-se a outros pais para comprar o material em conjunto, pois no atacado sai bem mais barato. Por exemplo, ao invés de comprar cinco lápis de escrever, compra-se uma caixa fechada e divide-se com os demais. Haverá uma quantidade maior e ainda sairá mais barato para todo mundo.”
– Compre à vista. “Eu sei que talvez este não seja um bom momento, porém, se puder, pense a respeito, pois à vista é possível conseguir um descontinho maior, que vai ajudar bastante.”
– Dê prioridade ao que for urgente. “Se sua condição na hora da compra estiver difícil, priorize o que for urgente e compre o restante no decorrer das aulas.”